terça-feira, 23 de junho de 2009

CORSELET

O corsolete era uma peça de armadura medieval, também conhecido como corselete, ambas as denominações com origem na palavra italiana corsoleto, que em francês fica corselet. Em português o mais usual é corpete. Não devemos confundir os corselets com os corsets, ou espartilhos, que possuem a função de “moldar” o corpo. Em sua origem a função dos corselets era a de proteger o tronco, na parte frontal e traseira, porém, de comprimento curto, não oferecia defesa para as coxas e a região pélvica.
No entanto, a história do corselet é muito mais antiga. Pinturas murais e em papiros mostram que no Egito Antigo homens e mulheres e até deuses e deusas usavam peças similares aos corselets. Em Creta são numerosas as obras de arte que deixam bem claro o uso de corselets com decotes generosos usados por mulheres e também imagens de rapazes usando tangas e cintos largos ou corselets. Em Roma, os homens usavam peças em metal e couro que podemos chamar de corselets. A presença dessas peças da indumentária se fez em praticamente todas as culturas e em todos os períodos da história da humanidade. Encontramos imagens que remetem ao uso dos corselets, tanto por mulheres como por homens, na Ásia (China, Japão – de bambu, papel de arroz, seda-; Índia, Indonésia, Nepal, Mongólia), nas Américas ( maias, inuits, astecas e incas – feitos com casca de árvores, ossos, peles, fibras vetegais variadas, lã e plumas), África (ashantis, yorubas, bantos, etc., - feitos com peles, fibras vegetais-).
Durante a Idade Média eles foram amplamente utilizados, tanto por homens (ricos cavaleiros usavam de metal, os pobres de couro), como pelas damas que podiam usá-los tanto sob a roupa (damas da sociedade), como sobre a roupa (servas e camponesas). Freiras, frades, monges, enfim, membros do clero, utilizavam corselets especiais, alguns com o objetivo de mortificar o corpo!
O auge da valorização dos corpetes e corselets se deu a partir do século XV. Nesse período praticamente todos utilizavam essa indumentária. Eram, inclusive, utilizados como elementos para demonstrar status e posição social: mulheres ricas usavam peças que amarravam atrás,que podiam ser amarradas por criadas; já as pobres, peças que amarravam na frente, pois elas mesmas é que tinham que se vestir. Os vestidos passaram a marcar bastante a cintura, o Barroco e o Rococó valorizavam muito o uso dos corselets. Durante um curto período de tempo – entre 1789 e o fim da era napoleônica – os corseletes subiram, dando lugar a peças que marcavam apenas a região dos seios. Depois, com a moda das saias e vestidos balonet, com as amplas saias de crinolina, eles voltaram com tudo, tendo deixado de ser utilizado apenas a partir da década de 20 do séc. XX. quando o estilista Paul Poiret , apresentou uma moda que não pedia cintura marcada. Manet disse, em 1876, que o “corselet de cetim é talvez o nu do nosso tempo”. Depois da 2ª Guerra Mundial, Christian Dior criou o "New Look" , e a cintura voltou a ser estruturada.
No final da década de 70 a estilista inglesai Vivienne Westwood resgatou o uso do corselet. Tento usado bastante o visual corseletado a peça acabou muito ligada a seu trabalho. Outro famoso estilista divulgou ainda mais o corselet: Jean Paul Gaultier. Foi dele a criação da peça utilizada por Madonna na turnê Blonde Ambition. Um corselet com sutiã pontudo que virou um dos figurinos mais conhecidos da cantora, e portanto um dos looks mais lembrados da década de 80. Gaultier capitalizou em cima da “silhueta corselet” e lançou perfumes com o formato – que também é inspirado no perfume da estilista Elsa Schiaparelli com a silhueta de, diz a lenda, Mae West.
Filmes como Anjos da Noite 3, Maria Antonieta, Moulin Rouge, Elisabeth, Ligações perigosas, etc. apresentam em seus figurinos muitas peças corseletadas, ligando o uso dos corselets e corpetes a uma aura de romantismo, mistério, sedução, feminilidade. Podem ser utilizados em visuais modernos, góticos, românticos, etc.
Visto hoje como peça fetiche, o corselet vai e volta na moda, mas é um dos looks preferidos para festas, na alta costura, pois realça as formas femininas deixando a mulher sempre sexy e elegante.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Arte e Educação


Já ouvi vários educadores tecendo comentários pejorativos sobre o estudo da ARTE. Na verdade as pessoas sempre analisam as prioridades dos outros sob a ótica de suas próprias prioridades, seus gostos! Eu sou de uma geração onde o que se aprendia na escola era a fazer atividades de arte que se resumiam às cópias, e principalmente as chamadas artes visuais. Pintávamos desenhos já prontos, fornecidas pelo professor! Infelizmente ainda vemos muito essa prática.

Em parte o despreparo e o mau direcionamento por parte das equipes gestoras que menosprezam qualquer disciplina que não seja Língua Portuguesa e Matemática e por isso complamentam a carga horária dos professores com ARTES, porque qualquer um pode ensinar!!!

É lamentável que educadores não compreendam a importância do estudo de Arte, um ramo do conhecimento humano que lida diretamente com a linguagem humana em suas mais variadas formas, com a filosofia, com a expressividade humana.



Magia da vida

Nada pode ser mais mágico do que viver.